O pacto da branquitude

Neste livro poderoso, Cida Bento ― eleita em 2015 pela The Economist uma das cinquenta pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade ― denuncia e questiona a universalidade da branquitude e suas consequências nocivas para qualquer alteração substantiva na hierarquia das relações sociais.

* Leitura obrigatória do vestibular da UFPR.

Diante de dezenas de recusas em processos seletivos, Cida Bento identificou um padrão: por mais qualificada que fosse, ela nunca era a escolhida para as vagas. O mesmo ocorria com seus irmãos, que, como ela, também tinham ensino superior completo. Por outro lado, pessoas brancas com currículos equivalentes ― quando não inferiores ― eram contratadas.

Em suas pesquisas de mestrado e doutorado, a autora se dedicou a investigar esse modelo, que se repetia nas mais diversas esferas corporativas, e a desmistificar a falácia do discurso meritocrático. O que encontrou foi um acordo não verbalizado de autopreservação, que atende a interesses de determinados grupos e perpetua o poder de pessoas brancas. A esse fenômeno, Cida Bento deu o nome de “pacto narcísico da branquitude”.

Neste livro, a cofundadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) reúne sua experiência para apresentar evidências desse acordo tácito e nos convidar a deslocar nosso olhar para aqueles que, a fim de se manter no centro, impelem todos os outros à margem.


Da editora

Sobre o livro

“É evidente que os brancos não promovem reuniões secretas às cinco da manhã para definir como irão manter seus privilégios e excluir os negros. Mas é como se assim fosse”. Com essa formulação sintética e contundente, Cida Bento define o que chama de pacto da branquitude. Doutora em psicologia, ela se tornou referência na promoção da diversidade em empresas e organizações a partir de seu trabalho no Ceert, instituição que cofundou há mais de trinta anos e que dirige até hoje.

Neste livro poderoso, a pioneira nos estudos sobre branquitude argumenta que na essência do racismo está a ideia de que existe uma cor “normal” e “universal” — a branca —, uma lógica que atravessa gerações e impede qualquer alteração substantiva na hierarquia das relações sociais. Em um pacto de cumplicidade, aqueles que estão no poder permanecem, até que seus iguais os substituam.

Sobre a autora

Nasceu na Casa Verde, bairro da Zona Norte de São Paulo. Filha de João e Ruth, um motorista e uma servente, foi a primeira pessoa da família a concluir o ensino superior e a fazer mestrado e doutorado. Cursou o magistério e, por cinco anos, trabalhou como professora em uma escola de emergência — provavelmente por essa razão, o trabalho com equidade racial na educação básica centralizou boa parte de seu tempo e energia nos últimos vinte anos. Formou-se em psicologia e passou a se dedicar à área de Recursos Humanos. Foi recrutadora, chefe de seleção e executiva de RH, construindo uma carreira como especialista em processo de seleção.

O pacto da branquitude é seu primeiro livro pela Companhia das Letras.

Editora ‏ : ‎ Companhia das Letras; 1ª edição (21 março 2022)
Idioma ‏ : ‎ Português
Capa comum ‏ : ‎ 152 páginas
ISBN-10 ‏ : ‎ 6559212327
ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6559212323
Dimensões ‏ : ‎ 11.7 x 1.3 x 18 cm

O pacto da branquitude

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