Raízes do Brasil

Nunca será demasiado reafirmar que Raízes do Brasil inscreve-se como uma das verdadeiras obras fundadoras da moderna historiografia e ciências sociais brasileiras. Tanto no método de análise quanto no estilo da escrita, tanto na sensibilidade para a escolha dos temas quanto na erudição exposta de forma concisa, revela-se o historiador da cultura e ensaísta crítico com talentos evidentes de grande escritor. A incapacidade secular de separarmos vida pública e vida privada, entre outros temas desta obra, ajuda a entender muito de seu atual interesse. E as novas gerações de historiadores continuam encontrando, nela, uma fonte inspiradora de inesgotável vitalidade. Todas essas qualidades reunidas fizeram deste livro, com razão, no dizer de Antonio Candido, “um clássico de nascença”.

Da editora

Raízes do Brasil é uma das obras fundadoras do pensamento sobre a sociedade brasileira. No método de análise e estilo da escrita, na sensibilidade para a escolha dos temas e erudição exposta de forma concisa, revela-se o historiador da cultura e ensaísta crítico com talentos de grande escritor.

Esta edição, que comemora os oitenta anos de publicação da obra, traz uma verdadeira arqueologia de sua produção. Por meio de notas e variantes, mostra que, entre a primeira edição e as seguintes, durante mais de três décadas, o autor fez alterações importantes no texto, revisitando hipóteses e mudando os argumentos e o tom. Posfácios de nove especialistas trazem leituras originais deste que é, para jogar com as palavras de Antonio Candido, um “clássico” que se constrói pouco a pouco.

“Para Lilia Schwarcz, Raízes do Brasil não nasceu clássico, mas ‘se transformou num clássico’. O que é bonito na história do livro, segundo a antropóloga e historiadora, diz respeito ao processo de mudança pela qual passou o autor ao promover todas essas releituras, confrontando a própria obra, a partir mesmo, observa, de sua disposição para discutir o ponto mais polêmico do livro, o conceito do ‘homem cordial’, que Buarque de Holanda desenvolve no quinto capítulo.” (Istoé, 3/8/16)

“Ele faz uma varredura do texto, retira variantes textuais muito fortes, limpa qualquer associação com o pensamento totalitário. Seja nos vocábulos, nas notas teóricas, nos títulos dos capítulos ou no texto principal. É uma operação de varredura. Eu conhecia os trechos, mas não o conjunto das mudanças. E o conjunto fala muito. É um texto que vai dialogando com o seu contexto. Não é uma operação de falseamento, mas de muita coragem. O mundo muda, e o Sérgio muda junto.” — Lilia Schwarcz (O Globo, 6/8/16)

“Raízes do Brasil escapa ao dogmatismo e abre o campo para a meditação dialética. O autor baseou sua análise na psicologia e na história social, com um senso agudo de estruturas, vinculando dessa forma o conhecimento do passado aos problemas atuais. Propôs que a liquidação das raízes era um imperativo para o desenvolvimento histórico. Perder as características ibéricas era o caminho para a evolução moderna brasileira, cuja trajetória não incluiu um louvor ao autoritarismo, como solução para sua organização.” — Antonio Candido

Sobre o autor

Sérgio Buarque de Hollanda nasceu em São Paulo, em 1902. Foi historiador, crítico literário e jornalista. Um dos maiores intelectuais do século XX, lecionou em várias escolas superiores e tornou-se, em 1956, catedrático da Faculdade de Filosofia da USP. Morreu em 1982.

Editora ‏ : ‎ Companhia das Letras
Data da publicação ‏ : ‎ 27 janeiro 2015
Edição ‏ : ‎ 1ª
Idioma ‏ : ‎ Português
Número de páginas ‏ : ‎ 256 páginas
ISBN-10 ‏ : ‎ 8535925481
ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8535925487
Peso do produto ‏ : ‎ 357 g
Dimensões ‏ : ‎ 21 x 13.8 x 1.6 cm

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